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Inciando uma nova fase aqui. Saudades de escrever. Estarei agora escrevendo sobre o cotidiano, tanto o meu, quanto o das pessoas que me cercam.


Manaus é um ninho de estórias esperando pra ser contadas, por onde passamos vemos coisas acontecendo apenas esperando para serem transcritas. Convivemos todos os dias com milhares de pessoas que cruzam nosso caminho e na maioria das vezes nem nos damos conta da existência dessas pessoas. Cada uma tem uma história, cada uma tem uma vida inteira de estórias. Experiências individuais que são exclusividades delas.


Mas, ao caminhar e observar as diferenças que existem entre cada individuo há a possibilidade de encontrarmos centenas, milhares de experiências que engrandecem a nossa própria existência. Estamos tão habituados a passarmos pelas pessoas e não as notarmos, que perdemos aspectos muito importantes da nossa própria vida. Quantas vezes nós já nos questionamos, ao ver um mendigo, um pedinte, do que levou aquela pessoa a chegar naquela situação? Quantas vezes pelo menos nos compadecemos do seu sofrimento? 


Nos acostumamos a sermos frios e completamente indiferentes ao próximo porquê é mais cômodo. Nos cercamos e fechamos ao próximo com a desculpa de nossos próprios problemas. Somos por demais egoístas e tentamos esconder esse defeito nosso, com a máscara de ame o próximo como assim mesmo. Nós apenas amamos o próximo que está ao nosso lado e que conhecemos, nem nos dignamos a pensar no sofrimento do próximo porque isso é simplesmente é incômodo.


Não estou dizendo que eu sempre faço isso, seria hipocrisia. Mas tento pelo menos melhorar e começar a ver qualquer pessoa como meu semelhante e um possível amigo. Todo ser humano é dotado de humanidade. É dotado de capacidades. E ao não prestarmos a mínima atenção às pessoas, perdemos a oportunidade de melhorar nossas próprias capacidades.